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Investimentos contra a falta d’água

sábado, 21 de fevereiro de 2015

/ Redação


Conforme a Folha de S. Paulo publicou em sua edição de quinta-feira (19), a Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Agevap) e o Comitê para a Integração da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul (Ceivap) vão investir cerca de R$ 13,5 milhões em obras emergenciais por conta da estiagem na região do rio Paraíba do Sul. Ao todo, 13 cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo serão beneficiadas com o investimento feito pelos órgãos. Uma delas é São João da Barra, que sofre com a salinização do rio, o que tem atrapalhado a captação de água para o abastecimento da cidade. Serão compradas 12 balsas com bombas elétricas que serão colocadas sobre as águas do rio. Uma tubulação mandará a água para a margem onde estiver instalada a captação original. A vantagem da balsa é que o rio pode baixar de nível que a captação não será afetada.
Além dos equipamentos, será construído ainda um poço artesiano em São João da Barra e duas pequenas barragens nas cidades paulistas de Tremembé e Natividade da Serra, que fazem a gestão hídrica do Paraíba do Sul.De acordo com André Marques, diretor presidente da Agevap, as cidades do Rio receberão no total R$ 8,570 milhões e as de São Paulo, de R$ 4,850 milhões. O plano foi apresentado nesta quinta-feira (20) na sede da Agevap, em Resende, região do Médio Paraíba.
O objetivo dos órgãos é fazer as licitações para as obras e compras de equipamentos e estar com as novas captações operando em junho, três meses depois de iniciado o período seco.
As obras vão melhorar a captação de água nas cidades em que há problemas por conta da redução da vazão do rio, determinada pela ANA (Agência Nacional de Águas) para preservar os quatro reservatórios do Paraíba do Sul, atualmente nos níveis mais baixos da história.
Somados, os quatro reservatórios estão com nível de 6,32%. O maior reservatório do sistema, Paraibuna, com 60% da capacidade total de reserva de água do sistema e considerado a caixa d'água do Paraíba do Sul, está com apenas 2% de seu volume útil cheio.
"O ideal é que cheguemos em abril com os quatro reservatórios, somados, em 15%, o que já é muito baixo, já que no ano passado esse nível estava em torno de 30%, 40%. Para conseguirmos segurar alguma água nesses reservatórios, teremos que reduzir ainda mais a vazão do rio, mas isso tem impacto na captação de águas de cidades menores", afirmou Marques.
Tanto a Agevap quanto o Ceivap recebem dinheiro pelo uso da água do Paraíba do Sul, um rio federal que corta os Estados do Rio, São Paulo e Minas Gerais. A União e os Estados cobram pela captação de água pelos municípios e indústrias e repassam para os órgãos.
A capitação de água da maior parte dos municípios foi projetada para uma vazão específica. São tubulações instaladas em determinado nível do rio. Como a seca é a pior dos últimos 50 anos, em muitas cidades o nível do rio está mais baixo de onde fica a capitação.

FONTE: FOLHA DA MANHÃ ONLINE
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