O juiz da 1ª Vara Criminal de São João da Barra, Leonardo Cajueiro, disse nesta quarta-feira, que não está deixando o caso, ao falar sobre a suspeição de julgar dois dos 20 denunciados pelo crime de pedofilia, conhecido como "Meninas de Guarus". O caso envolve empresários, políticos e pessoas influentes da região. Cinco pessoas foram detidas na semana passada e o caso tramita em segredo de justiça.
Na última segunda-feira (20), Cajueiro se declarou suspeito em relação ao julgamento do 13º e do 19º colocados na lista dos 20 denunciados. Nos autos do processo, ele justificou que "No presente processo, em que há muitos denunciados, muito embora nenhum deles sejam pessoas de nosso relacionamento pessoal, dois dos denunciados são pessoas próximas o bastante para gerar desconforto suficiente para repercutir em nossa imparcialidade", despachou.
O processo chegou às mãos de Cajueiro após 17 juízes de Campos se declararem suspeitos para julgar o caso. Com essa suspeição de dois dos denunciados, o julgamento deve ser feito pelo juiz da 2ª Vara Criminal, que está sem juiz e na ordem de tabelamento, esses denunciados deverão ser julgados pelo juiz de São Fidélis. O juiz observou ainda que decidiu manter o caso em segredo de justiça porque algumas informações acabaram "vazando". Ele esclareceu que vai julgar pelas provas que foram produzidas. Quanto à interdição dos motéis, o magistrado explicou que se trata de uma providência cautelar para preservar o resultado do processo.
Na última terça-feira (21), o advogado de um dos denunciados que está preso, entrou com um pedido de habeas corpus, que foi indeferido pela Justiça.
FONTE: JORNAL O DIÁRIO
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