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167 Barras de ouro foi encontrada pela Polícia.Mais de R$ 2 milhões.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

/ PPM

Policiais federais apreenderam, nesta terça-feira, em Muriaé, cidade localizada na Zona da Mata mineira, a cerca de 300 quilômetros do Rio, 167 lingotes de ouro, avaliados em cerca de R$ 2 milhões. De acordo com investigadores, os quase 20 quilos do metal pertenciam ao traficante Antônio Ilário Ferreira, o Rabicó. Ele é suspeito de comandar, de uma cela no complexo penitenciário de Gericinó, a venda de drogas em São Gonçalo, Niterói e parte da Região dos Lagos, movimentando aproximadamente R$ 1 milhão por mês. Rabicó foi preso em março de 2008 na Paraíba.

Antônio Hilário Ferreira, o Rabicó, foi preso em março de 2008 na Paraíba: ele é suspeito de comandar a venda de drogas de dentro do presídio -  / Secretaria de Segurança da Paraíba (13/03/2008)
A apreensão do ouro foi um desdobramento de uma operação que, no mês passado, resultou na prisão de quatro pessoas acusadas de fazer negócios e movimentações financeiras para Rabicó, entre elas o engenheiro ambiental Luiz Henrique Ventura Ferreira, o Rico, que trabalhava no Complexo Petroquímico do Rio (Comperj) como prestador de serviços da Petrobras. Na ocasião, foram apreendidos com os suspeitos cerca de R$ 4 milhões, que seriam do traficante.

O professor de finanças Gilberto Braga, que dá aulas no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) e na Fundação Dom Cabral, disse, ao analisar o caso, que aplicar dinheiro em ouro é o que os principais investidores do país chamam de ‘‘negócio seguro’’.

— Ao que tudo indica, Rabicó é um criminoso esperto, bem assessorado, que sabe muito bem se proteger da volatilidade do mercado financeiro. O ouro é hoje o que os economistas definem como conceito intrínseco de reserva de valor. Com muitas ações em queda e a instabilidade da moeda às vésperas das eleições, aplicar dinheiro no metal é um dos investimentos mais seguros. Mesmo com eventuais oscilações na cotação, o ouro sempre mantém seu valor — afirmou Braga.


Parte das barras de ouro do traficante Rabicó, apreendidas por policiais federais - Divulgação
Após uma minuciosa investigação, agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF encontraram os lingotes de ouro, de vários tamanhos, sob o piso da varanda e de um quarto de uma casa no bairro de Cachoeira Alegre. O imóvel está em nome de um parente de Rabicó. Ninguém foi preso na operação desta terça-feira.


PF VAI PEDIR BLOQUEIO DE BENS DO TRAFICANTE

Com o dinheiro do tráfico, Rabicó teria comprado, segundo agentes federais, casas no Rio, na Região dos Lagos e em Santa Catarina, na Região Sul. Apenas em uma conta bancária do traficante, os policiais encontraram cerca de R$ 600 mil depositados. A PF vai pedir à Justiça o bloqueio dos bens da quadrilha e o confisco de contas bancárias do traficante no Rio e no Sul do país. O chefe da Divisão de Repressão a Entorpecentes (DRE), delegado federal João Luiz Caetano, que coordenou a operação, afirmou que a PF já recolheu mais de R$ 6 milhões do bandido.

— Com a operação de hoje (terça-feira) estamos seguindo o principal objetivo da PF que é descapitalizar o tráfico. Sem esquecer das prisões, estamos atacando a espinha financeira da quadrilha, com confisco de bens e ativos financeiros — afirmou o policial.



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