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Bancários rejeitam proposta da Fenaban e greve nos bancos podem começar no dia 30

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

/ PPM

Assembleia para aprovação de greve será realizada no dia 25, às 19h

 Carlos Grevi/ ururau

Assembleia para aprovação de greve será realizada no dia 25, às 19h

O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentada na sétima rodada de negociação, nesta sexta-feira (19/09), que inclui reajuste de 7% no salário (0,61% de aumento real), na Participação nos Lucros e Rendimentos (PLR) e nos auxílios refeição, alimentação e creche. No piso, o reajuste seria de 7,5% (1,08% acima da inflação).
"A proposta ainda é insuficiente não apenas nas questões remuneratórias, mas também por não tratar do combate às metas abusivas e ao assédio moral, que adoecem a categoria e são apontados como prioridade na consulta nacional feita junto aos bancários. É preciso avançar também nos itens de emprego, barrando as demissões e a alta rotatividade e melhorando as condições de trabalho", disse a presidente em exercício do Sindicato dos Bancários do Rio, Adriana Nalesso, que participou da negociação na capital paulista.
A sindicalista lembra que as mulheres com mesmo nível de escolaridade e função continuam recebendo salários inferiores ao dos homens. "Não dá para ignorar a discriminação contra mulheres e negros. O Censo de diversidade revelou que, caso as diferenças entre a remuneração dos homens e das mulheres continuem a ser tratados em segundo plano, levaremos 88 anos para reduzir as desigualdades de gênero", destaca.
MOBILIZAÇÃO E GREVE
O comando aprovou um calendário de mobilização para pressionar os bancos a apresentarem novas propostas que atendam as expectativas da categoria, apontando para a deflagração de greve por tempo indeterminado a partir de 30 de setembro. Para isso, uma assembleia será realizada no dia 25, às 19h, para aprovar greve e no dia 29 para deflagração do movimento grevista.
“Já nesta segunda-feira (22/09) estaremos percorrendo as agências para chamar os bancários para a assembleia que decidirá pela greve, que tudo leva a crer que vai ser deflagrada no dia 30”, explicou Hugo Diniz do Sindicato dos Bancários do Norte e Noroeste Fluminense.
Nas regiões existem 70 agências bancárias e cerca de mil funcionários. De todos os municípios, Campos é o que possui maior número de agências, cerca de 50, e maior número de bancários.
NOVIDADE
Na avaliação do presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, a novidade foi os bancos apresentarem uma primeira proposta econômica com aumento real e valorização do piso.
"Isso é importante para nós porque é um reconhecimento da necessidade de os bancários terem aumento acima da inflação e os pisos ainda mais valorizados, mas os índices de reajuste são muito insuficientes diante do lucro do sistema financeiro" disse, lembrando que a tradição de luta da categoria comprova que as conquistas são resultado da capacidade de manter a unidade nacional, a mobilização e a pressão sobre os banqueiros.
REIVINDICAÇÕESA categoria reivindica 12,5% de reajuste salarial, PLR de três salários mais fixo de R$6.247,26, piso de R$2.979,29 (escriturário), tíquetes e auxílio-creche/babá de R$724 (um salário mínimo), mais segurança, vale cultura de R$112,50, além de um plano de cargos e salários digno, isonomia, igualdade de oportunidades e fim das demissões, das terceirizações, do assédio moral e sexual e das metas abusivas.
Já a proposta apresentada pela Fenaban é composta por: reajuste de 7% (0,61% de aumento real); piso portaria após 90 dias - 1.235,14 (7,5% ou 1,08% de aumento real); piso escritório após 90 dias - R$ 1.771,73 (1,08% acima da inflação); piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.393,33 (salário mais gratificação mais outras verbas de caixa), significando 1,08% de aumento real). Também foi apresentada PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 1.812,58, limitado a R$ 9.723,61. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 21.391,93 e PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.625,16.
O auxílio-refeição pode chegar a R$ 24,14; auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta de R$ 425,20; auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 353,86; auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 302,71; gratificação de compensador de cheques de R$ 137,52; requalificação profissional - R$ 1.210,04; auxílio-funeral - R$ 811,92; indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 121.072,92; e ajuda deslocamento noturno de R$ 84,75.
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