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Terceira força-tarefa da Lava Jato chega ao Rio e mira a dupla Cabral-Pezão

sexta-feira, 10 de junho de 2016

/ PPM
O  Conselho Superior do Ministério Público Federal decidiu, por unanimidade, criar uma nova força-tarefa da operação Lava Jato. O novo grupo ficará no Rio de Janeiro, sob a coordenação do procurador José Augusto Vagos.

A nova força-tarefa vai cuidar de assuntos como a propina para o Maracanã e Arco Metropolitano, revelada pelos executivos da Andrade Gutierrez.

Com o Rio, será a terceira força-tarefa da operação. As outras duas são de Curitiba e Brasília. Os alvos são o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e o governador licenciado Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Cabral foi acusado por dois ex-executivos da construtora, em delações premiadas a procuradores da Operação Lava Jato, de ter cobrado propina nas obras do Maracanã, Comperj, Arco Metropolitano e urbanização do conjunto de favelas de Manguinhos.

Desde que deixou o cargo de governador, Sérgio Cabral tornou-se um político recluso. Suas aparições públicas são raras e nada se sabe sobre como passa seus dias.

Mas havia outros motivos para sua saída de cena. Com alto índice de rejeição, Cabral tentava preservar o que sobrara de sua imagem, desgastada por acusações como de gastos excessivos nas obras da Copa, uso particular de helicóptero oficial e favorecimento a empresários, em especial Fernando Cavendish, ex-dono da Construtora Delta.

Um conjunto de fotos e vídeos de uma viagem oficial a Paris, em 2011, no qual Cabral aparecia junto com secretários e com Cavendish, com guardanapos na cabeç em boates de luxo, ampliando a rejeição.

Mesmo recluso, Cabral não tem escapado de levar alguns sustos da Operação Lava Jato. Em maio deste ano. Em março de 2015, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) abriu inquérito para investigar não apenas Sérgio Cabral, mas também Pezão por suspeita de terem recebido R$ 30 milhões, em 2010, do esquema de corrupção da Petrobras.

RESPONSÁVEL DIRETO – Já os ex-presidentes de empresas do grupo Andrade Gutierrez, Rogério Nora de Sá e Clóvis Peixoto Primo, confirmaram aos procuradores de Lava Jato que Cabral exigiu propinas no valor de 5% do contrato da reforma do Maracanã. Como as obras custaram R$ 1,2 bilhão, Cabral teria recebido R$ 60 milhões. À época, Pezão era o responsável direto pela reforma do estádio, como vice-governador e secretário estadual de Obras.

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