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'Farpas' durante debate entre candidatos ao governo do Rio

terça-feira, 23 de setembro de 2014

/ Redação


No debate entre candidatos ao governo do Rio de Janeiro, promovido nesta segunda-feira pelas revistas Veja e Veja Rio, os ataques ficaram concentrados no governador e candidato à releeição, Luiz Fernando Pezão (PMDB). O evento, com a participação de Anthony Garotinho (PR), Marcelo Crivella (PRB), Lindberg Farias (PT) e Tarcísio Motta (PSOL), teve a parceria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RJ) e Universidade Estácio de Sá. Foram cinco blocos, sendo o último reservado às considerações finais. A segurança pública foi um dos principais focos da discussão, marcada pela troca de "farpas".

O debate começou com uma pergunta de Tarcísio a Pezão sobre suas propostas para a área da cultura. Pezão destacou o programa de bibliotecas parque. "Fizemos a biblioteca de Manguinhos, que é um sucesso em termo de visitação. Vamos continuar a levar para a região do PAC, procurando sempre agregar a cultura com as iniciativas de urbanização destes locais". "Só isso em 8 anos de governo. Vocês abandonaram e elitizaram a cultura, destinando apenas 0,3% do orçamento. Colocaram o lucro acima da vida", criticou Tarcísio, na sua primeira disputa eleitoral.

No tema segurança, Pezão perguntou a Garotinho qual sua proposta para reduzir a criminalidade no estado, já que critica as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). "É ignorância achar que segurança se resolve com policial armado. Vocês estão exportando os bandidos", disse Garotinho. 

Já Lindberg perguntou a Tarcísio sobre o número de desaparecidos no estado e sobre o crescimento dos autos de resistência da Polícia Militar. "A política de segurança, em vez de assegurar direitos, vê o favelado como inimigo a ser combatido. É preciso iniciar urgentemente um novo processo de formação da polícia", defendeu Tarcísio. Lindberg replicou e disse que há uma "política de extermínio" contra moradores de comunidades.

Tarcísio foi questionado por uma solução para o sucateamento e o alto preço do sistema de barcas. "Uma política que vê o transporte como mercadoria e a transformou numa mercadoria cara e ineficiente. É preciso abrir a caixa preta disso e não ter um secretário estadual de transporte que ri na cara das pessoas quando ocorre algum problema sobre transporte de massa. A tarifa vai baixar quando a gente enfrentar o sistema de lucros que as grandes empreiteiras têm. Transporte é direito e não mercadoria", disse Tarcísio, que defendeu a tarifa zero.

Já Crivella foi questionado sobre como bancaria sua proposta de acabar com a "privatização da saúde" no estado. "O governo gasta R$ 300 milhões com propaganda. Há uma reclamação enorme na classe médica, porque o salário é baixo, e no Congresso, eu apresentei uma proposta para tornar uma carreira da saúde. Imagina o Rio de Janeiro, capital do petróleo, com 20 mil pessoas esperando para ser operada". Garotinho prometeu mais concursos públicos e planos de cargos e salários para os funcionários da saúde. 

Perguntado sobre se reintegraria o grupo do delegado Álvaro Lins, já condenado pela Justiça, à Polícia Civil do Rio, Garotinho afirmou que essa foi "mais uma das sujeiras da campanha do PMDB". "Isso foi fruto da campanha difamatória do PMDB. Fique tranquilo que eles não voltarão". Crivella comentou a acusação de Garotinho, dizendo que também foi vítima de difamação. "Eu e Lindberg fomos vítimas de mensagens pelo celular denegrindo minha campanha e a dele. É um absurdo isso que está ocorrendo no Rio. Não vamos melhorar nossa sociedade de baixo para cima, é de cima para baixo", disse Crivella. 

Fonte: Jornal O Diário
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