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Servidor pede exoneração no RJ e vira sócio após contrato de R$ 27 mi

segunda-feira, 13 de junho de 2022

/ PPM



Coordenador de projetos da Secretaria de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro, o servidor comissionado Flávio Bidoia pediu exoneração da pasta e se tornou sócio de uma empresa privada que semanas antes obtivera dois contratos com o governo estadual que somam mais de R$ 27 milhões.


Designer, Bidoia teve uma passagem de três meses pelo governo, entre setembro e novembro do ano passado. No curto período, a Buzzline Serviços Entretenimento e Produção Ltda, que pelos registros do Diário Oficial nunca havia vencido uma licitação, saiu vencedora de dois certames. Obteve em outubro um contrato de R$ 280 mil com a Secretaria de Cultura e, em novembro, outro de R$ 27 milhões na Secretaria de Turismo.

Em primeiro de dezembro, poucos dias após a Buzzline obter o contrato milionário, Bidoia pediu exoneração do governo e passou a trabalhar na Buzzline. Em março, virou sócio da empresa.

No contrato com a Secretaria de Cultura homologado em outubro, a Buzzline foi escolhida para montar e desmontar uma coleção temporária de uma exposição promovida pela Fundação Anita Mantuano. Já no contrato com a Secretaria de Turismo, firmado em novembro, a Buzzline deverá fazer a “execução de eventos e feiras nacionais e internacionais”.

Procurada, a Secretaria de Turismo respondeu que “o processo licitatório obedeceu a legislação em vigor, segundo os princípios básicos da administração pública”, mas não se manifestou sobre o fato de Bidoia ter virado virado sócio de uma empresa meses após o contrato milionário.

Procurado, Bidoia enviou nota em que negou que tenha atuado para beneficiar a empresa no período em que esteve no governo estadual e disse não ter tido contato com nenhum integrante da Secretaria de Turismo.

“Embora sempre tenha trabalhado na área privada, Flavio Bidoia assumiu a função de coordenação de projetos, e trabalhava diretamente no andamento dos processos administrativos e avaliação de projetos. À Época o sr. Ricardo Luis da Silva Rego Urbano foi convidado para assumir o cargo de subsecretário na Secretaria de Trabalho, ocasião em que convidou sr.

Flávio para assumir o cargo de coordenador de projetos. No entanto, em outubro de 2021 o subsecretário foi exonerado, Flavio permaneceu por mais um mês, mas que acabou pedindo exoneração”, disse a nota enviada pela Buzzline.


A um entendimento de um vínculo de um dos sócios, entendimento também de nepotismo licitatório, sendo ainda que o mesmo teria que seguir um período (uma espécie de quarentena), para entrar na empresa ou a empresa pedir o cancelamento do contrato em vigor.

Fonte: Metrópoles (Guilherme Amado),com informações do jornal olhar

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