Prefeitura de Búzios (RJ), na Região dos Lagos, é uma escolinha de gastos financeiros. Entronizado no comando do município por decisão da justiça, Henrique Gomes, o vice que virou prefeito, conseguiu gastar, em apenas três meses, R$ 40 milhões que encontrou no caixa do município.
Recentemente precisou pedir suplementação de R$ 14 milhões à Câmara de Vereadores.
ENTENDA O CASO
Gomes assumiu o cargo com o afastamento do prefeito André Granado.
Opositores afirmam que o dinheiro foi usado para contemplar cabos eleitorais em cargos comissionados. Henrique Gomes pretende disputar a reeleição em 2020. A manobra teria zerado o caixa de alguma secretarias, como saúde, educação e turismo.
Principal destino turístico na Região dos Lagos, Armação dos Búzios mergulhou em um instabilidade política por conta da judicialização.
A cidade vivenciou uma guerra de liminares que promoveu uma infindável troca de cadeiras no executivo. Isso, até o prefeito André Granado ser afastado definitivamente do cargo.
O herdeiro do trono Henrique Gomes também está na corda bamba. Ele responde a processo por fraude em licitação, herança do período em que comandou a secretaria de Serviços Públicos.
A situação de penúria recentemente noticiada pela colunista Berenice Seara, no Jornal Extra. Em resposta a colunista, a Prefeitura negou falta de dinheiro em caixa. Afirmou que o município contabiliza aumento na arrecadação e que o pedido de suplementação visa, tão somente, “corrigir previsão orçamentária”.
Mas, segundo o advogado Manoel Peixinho, o retrato é outro. Por conta do descontrole orçamentário, o governo já estaria atropelando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o que poderá ensejar ações por crime de responsabilidade e improbidade administrativa.
Portal viu