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Câmara de Cardoso Moreira terá que devolver R$ 135 mil

terça-feira, 5 de setembro de 2017

/ Jornal Olhar
Um curso em Salvador seria fachada para omitir passeio
Viagens com fins turísticos e empresas que se envolveram em investigação por fraudes no país são os principais alertas constatados nos relatórios dos técnicos do TCE. A Câmara de Vereadores de Cardoso Moreira é acusada de ter promovido um curso em Salvador (Bahia), em 2013, apenas para passear.
Em regra, os cursos começam na quinta-feira só para o parlamentar receber o material e termina no domingo apenas para ganhar o diploma.
No caso de Cardoso Moreira, os auditores sustentaram que o Centro de Treinamento e Apoio Municipal Ltda (Cetram) suspeito de envolvimento em fraudes em cursos não deveria ter sido escolhido. Em resposta ao TCE, o Parlamento alegou que o serviço foi prestado. Em março, o TCE entendeu que dez vereadores do município, que tem pouco mais de 12 mil moradores, têm que devolver aos cofres públicos juntos o total de R$ 135 mil.


Mangaratiba, que é cidade recordista em despesas com viagens, gastou de 2010 a 2014 o equivalente R$ 10,8 milhões. As empresas mais beneficiadas foram o Cetram, a Cebrás, o Ceplam e Ibram.

GASTOS COM CACHAÇA
Só em 2013 e 2014, a Câmara de Seropédica gastou R$ 936 mil com o Instituto Capacitar. Segundo a análise dos técnicos do TCE, a empresa oferece cursos com temas que são encontrados no próprio Estado do Rio, como na própria Corte. Eles apontam suspeitas sobre os valores declarados pelos beneficiários das despesas realizadas, sem comprovação. Todos totalizam a mesma quantia que eles receberam de diária.
Na prestação de contas há ainda gastos pessoais com bloqueador solar, tesoura, chicletes, remédios, como colírio e Estomazil em pó. Porém, o que mais chama a atenção é o pagamento com dinheiro público de chope, Cointreu e Smirnoff Ice consumidos na maioria das vezes em restaurantes com altos custos como foi constatado o valor de R$ 942,47 em um desses estabelecimentos. Procurados, os vereadores da Câmara de Serópedica não retornaram às ligações da reportagem.

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