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Caso Boi Bom, mais um capítulo

quinta-feira, 10 de março de 2016

/ PPM

O Escândalo Boi Bom, considerado o maior esquema de corrupção no interior do Estado do Rio de Janeiro, ganhou mais um capítulo. Por unanimidade, a 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça (TJ-RJ) manteve Maria Nilza Miquelotti Cecílio de Carvalho afastada, totalmente, da administração da empresa Disfrio Administração e Serviços Ltda. Maria Nilza é esposa de Hugo Cecílio de Carvalho, denunciado em 2011 pelo Ministério Público (MP) como chefe da organização criminosa.

Em agosto do ano passado, a própria empresa emitiu um comunicado informando que Maria Nilza não representava a sociedade da Disfrio. Segundo o informe, uma decisão judicial proferida pela 3ª Vara Cível de Cabo Frio determinou o afastamento da suspeita por detecção de fatos reputados gravíssimos do ponto de vista societário, inclusive, suspendendo a eficácia de vários atos praticados por ela. Ao escopo da mesma decisão judicial, o único sócio legítimo que permanece investido nos poderes de gerência para administração da referida sociedade é Antônio Silva Duarte.

Maria Nilza interpôs agravo de instrumento no TJ-RJ contra a decisão da 3ª Vara Cível de Cabo Frio, que foi negado pela 10ª Câmara Cível. Na decisão, o desembargador Pedro Saraiva da Andrade Lemos disse que “foi este contexto que pautou a decisão no agravo anterior, diante as delicadas circunstâncias que permeiam a ação, e não a qualquer interesse no deslinde da causa, como levianamente a parte agravante acusa em suas razões recursais”.

Ainda segundo o desembargador, “são sérias as situações relatadas nestes autos, e em outros relacionados à empresa Disfrio Ltda., trazidas ao conhecimento deste magistrado não apenas por meras alegações insidiosas, mas por documentos obtidos via auditoria administrativa e contábil e até mesmo através de investigação criminal... Decisão que não se mostra teratológica e visa preservar os interesses da sociedade empresária, que, segundo os elementos contidos nos autos, indicam que a sócia agravante praticou atos que favoreceram as empresas de seu cônjuge, em flagrante prejuízo dos interesses da sociedade”.

Outro denunciados – Além de Maria Nilza e o cônjuge, foram denunciados pelo MP o advogado e contador português Luiz Felipe da Conceição Rodrigues, Osnildo Dagoberto Bichi e Carlos Jorge da Silva Francisco (sócios de Hugo), e ainda Mariana Neves Peres. Todos respondem pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. 

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