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André Longobardi pré-candidato com o tema: Renova Macaé

segunda-feira, 21 de março de 2016

/ Jornal Olhar
"Brincar com a fragilidade da população é cometer um estelionato eleitoral". A afirmativa de impacto é capaz de traduzir o que o empresário André Longobardi tem ouvido nas ruas, e em reuniões organizadas com um objetivo claro e definido: compartilhar um sentimento que move o seu projeto político focado nas eleições municipais deste ano.


Desde que assumiu a comissão municipal do PR, André tem desenvolvido e compartilhado uma experiência pessoal com outras lideranças sociais, comunitárias e sindicais do município, uma relação que tem auxiliado na construção de uma proposta chancelada pelo seu partido na semana passada.

Durante encontro regional, André Longobardi foi lançado pelo PR como pré-candidato a prefeito de Macaé nas eleições deste ano, uma proposta sustentada dentro da linha que mais cresce na política macaense atualmente: a de oposição.
"O governo perde para ele mesmo, ao não cumprir o que prometeu, criando falsas esperanças, aproveitando a carência da sociedade que cresce a cada dia", disse.

Empresário do ramo offshore, André tem 40 anos e a formação profissional de engenheiro do petróleo. Membros de uma das famílias pioneiras do segmento na cidade, André apresenta o seu nome à sociedade macaense como forma de construir uma proposta de renovação, baseada na realidade dos fatos e na transparência.

"A crise não é financeira ou orçamentária, mas sim de gestão. As prioridades hoje da administração pública não são as mesmas que as da população. E isso está claro em nossa cidade", aponta.

Entrevistado por O DEBATE, nesta semana, André explicou que surgiu a proposta da pré-candidatura e falou sobre o que espera dos próximos dias que virão até a decisão das urnas.

A família Longobardi é muito conhecida em Macaé devido ao seu empreendedorismo, adotando a cidade como município do coração há quase 40 anos. Ultimamente seu nome tem sido muito relacionado a pautas políticas. Afinal, você tem pretensões políticas?

Sim, todos temos pretensões políticas, pois vivemos em sociedade. Partidariamente, estou na presidência do Partido da Republica - PR em Macaé. Como você disse, nosso nome tem sido relacionado pela população macaense nas pautas políticas, o que fez com que a direção estadual do PR decidisse pela candidatura própria nas próximas eleições. Assim, no último Encontro Estadual, o partido lançou oficialmente nossa pré-candidatura. Desta forma, aceitamos o desafio, e já estamos trabalhando na estruturação do partido, na formação de uma boa nominata para elegermos vereadores, além de planos e propostas a serem apresentadas no tempo certo, respeitando o calendário eleitoral, visando a construção de um novo momento político para nossa cidade.

De onde surgiu esse seu desejo de ingressar na política, logo numa disputa para o cargo de Prefeito num momento político tão conturbado?

De origem familiar simples, nossa criação foi baseada na formação ética e moral. Dentre as nossas conquistas, a que mais nos orgulhamos é o respeito e confiança de todos que estavam ao nosso redor. Assim sendo, nossos valores e princípios contribuíram para 2 coisas:  Condicionar-nos a desenvolver um elevado espírito público, de valorização social; Fazer-nos cidadãos conscientes, sabedores da importância da busca do conhecimento em ciências políticas.

Tanto eu, quanto outros membros da minha família, participamos ativamente da história socio-política da cidade. Nossos projetos sempre foram baseados em 3 coisas: Pessoas, Qualidade de vida e Desenvolvimento sustentável.
Entendemos que a POLÍTICA, se utilizada de forma ética e moral, pode transformar a vida das pessoas, das famílias e grupos sociais.

Por que seguir a linha de oposição?

Nossa intenção com a política nunca foi - e nunca será - fazer dela profissão, pelo contrário, enxergamos os mandatos como oportunidade de servir a sociedade, que deveria ser, de fato e por direito, a grande beneficiária de todas as nossas riquezas.

É notório que a crise atingiu a indústria offshore, que por consequência afetou a economia e a população da cidade. Daí, começa uma grande contradição, já que vivemos numa cidade com orçamento bilionário, uma cidade riquíssima como poucas, mas com um povo sempre em crise, cada vez mais pobre e carente de dignidade e presença do poder público. Em Macaé, a desigualdade social é um "abismo", cujo cerne da questão não é a ausência de dinheiro, e sim a carência de uma boa GESTÃO dos recursos existentes.

De que adianta receber mais de R$ 2 bilhões todos os anos, e ao olharmos ao nosso redor a saúde, a educação, transporte público, segurança etc. experimentarem um verdadeiro caos?

Não temos saneamento básico, não temos água tratada, falta infraestrutura, qualquer chuvinha inunda a cidade por completo, etc. Para que tanto dinheiro recebido se existe um transporte público de péssima qualidade, hospitais lotados com equipamentos quebrados e falta de leitos? Uma cidade com belezas naturais valiosíssimas, mas nenhum programa voltado para o turismo, esporte, lazer, entretenimento, e ao contrário disso uma região serrana com grande potencial, porém abandonada. O servidor público, que deveria ser o primeiro a ser motivado e valorizado, segue cada vez mais desrespeitado e perseguido, como se fosse inimigo do município, e não servidor. E a segurança? Essa está entregue à sorte, pois a pobre cidade rica se tornou a capital nacional do petróleo para o mundo que assiste pela TV, mas para os munícipes é a capital nacional da injustiça e desigualdade social.

Na sua opinião, o que deveria ser alterado na atual administração?

Já até respondi anteriormente, mas o faço novamente. Se estivesse satisfeito, não proporíamos uma nova construção política no município, muito menos uma pré-candidatura.

Na nossa avaliação, o governo perdeu para ele mesmo, pois prometeram muito quando estavam em campanha, e não cumpriram quase nada. Prometeram quebra do monopólio na concessão do transporte público, prometeram a construção da nova rodoviária, prometeram a duplicação da RJ106, a construção de uma nova ponte na Barra, a estrada de Santa Tereza, água tratada no prazo de 1 ano, tratamento ao paciente oncológico, novo terminal portuário, e muito mais. Ao invés de cumprir com as promessas de campanha, trocaram de partido, aliando-se ao PMDB, o qual tanto combateram em campanha, e lotearam secretarias com vereadores. Tiveram alguns acertos, mas que se tornaram mínimos mediante tantos equívocos e promessas não cumpridas. A Região Serrana de Macaé está largada, aparelhos públicos como Parque da Cidade, Ginásio Poliesportivo, Terminais Rodoviários estão sucateados por falta de atenção, e o VLT apodrecendo no tempo. Esses são alguns pequenos exemplos da falta de gestão, que prioriza o custeio de campanhas publicitárias caríssimas e abusa de ações demagógicas como abdicar do salário de prefeito.

E se você fosse o prefeito, quais seriam suas prioridades considerando o cenário crítico que a cidade vive?

Estamos ouvindo a sociedade e elaborando um plano a ser apresentado em breve, mas posso lhe adiantar que o DIÁLOGO será nossa grande marca. Independente de crise ou cenário, o mandatário deve ter sempre a consciência que é representante do povo, e nada mais. Portanto, é um servidor da sociedade.

Precisaremos implementar políticas públicas sustentáveis, pautadas em princípios de inclusão e cidadania, visando consolidar a cultura da democracia e participação popular.

Isso será possível à medida que conciliarmos Gestão e Planejamento à administração pública, principalmente na condução de políticas públicas em áreas sociais, como educação, saúde, habitação, previdência, saneamento, assistência social, transporte, esporte, cultura, dentre outros.

A verdade é que cada vez mais a população precisa da presença do poder público, que por sua vez está cada vez mais distante da sociedade.

Nossa proposta é oferecer para Macaé um modelo político que inclua uma gestão eficiente, onde o "lucro" não seja dinheiro na conta ou nos cofres do governo, e sim políticas públicas que resultem em ganhos à sociedade. Essa riqueza toda tem que ser melhor gerida, e o povo deve ser o centro de toda e qualquer ação que envolva o município.

Já que está se iniciando na política, por que não se candidata a vereador primeiro?

Somos um grupo, onde temos muitos pré-candidatos a vereador, com perfis diferenciados, bandeiras distintas e com muita representatividade. Não tenho dúvida alguma que elegeremos vereadores e conduziremos o mandato a muitas mãos, pois nosso partido é um grupo político com unidade, e essa unidade não se deu a partir de nossas escolhas, e sim de nossas causas.

Não temos um projeto de poder, e sim o desejo de contribuir na construção de um novo momento para Macaé. Esse grupo acredita que meu perfil é de executivo, minha expertise é gestão, por isso optamos pela pré-candidatura a prefeito em 2016.

Você acredita que há espaço para um discurso de oposição?

Não tenho dúvidas. Hoje nosso grupo político já repercute em toda cidade. O povo espera, ansiosamente, por uma renovação de verdade, e os indicadores mostram que nas próximas eleições irá rechaçar toda e qualquer candidatura que represente continuísmo ou ligações com partidos e políticos envolvidos em escândalos responsáveis pela crise atual do país.

Quais são as vitórias encontradas neste novo caminho?

Muita coisa. Mas, por ora, gostaríamos de agradecer toda a equipe do jornal O Debate pela oportunidade dessa entrevista.
Agradecemos também a todos os amigos e componentes do nosso grupo político, que nos incentivam e apoiam nessa luta por uma cidade melhor.

Autor: Márcio Siqueira Foto: Divulgação Fonte: O Debate
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