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Wärstilä confirma paralisação nas atividades do Porto do Açu

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

/ PPM

A fábrica de motores da finlandesa Wärstilä, instalada no megaempreendimento há menos de um ano, confirmou nesta sexta-feira, através de sua assessoria de Comunicação, “que decidiu ‘hibernar’ o Delivery Centre Açu, em São João da Barra (RJ), a partir de janeiro de 2016, devido aos adiamentos do prazo de entrega dos equipamentos fabricados na unidade”. 

A informação vinha sendo especulada na imprensa nacional e voltou a ganhar repercussão nas redes sociais ontem, depois da análise feita pelo professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense Marcos Pedlowski. Ainda segundo a empresa finlandesa, a produção será retomada tão logo sejam confirmados os novos prazos por parte dos clientes.

O freio nas atividades das empresas estrangeiras instaladas no megaempreendimento vem sendo repercutido nos últimos dias. As internacionais teriam vislumbrado o Porto do Açu como uma possibilidade de bom negócio e, diante do cenário atual, vêm se vendo obrigadas a diminuir o ritmo das atividades.

A Wärstilä foi uma das primeiras empresas a se instalar na área do complexo industrial do Açu, idealizado pela LLX, de Eike Batista – hoje, rebatizada de Prumo Logística e sob o controle do fundo americano EIG. A empresa teria seguido o exemplo da Anglo American, que decidiu congelar suas atividades no mineroduto Minas-Rio. A finlandesa entrou em operação em março de 2015, com investimentos da ordem de € 20 milhões (Euros).

Mesmo com a “hibernação”, a empresa ressaltou que “o Brasil permanece como um dos principais mercados para a Wärtsilä no mundo, fazendo do país foco na estratégia de investimento global da companhia.

Pedlowski analisou a diminuição dos investimentos da empresa na região. Segundo ele, “o fato pode explicar todo o alarde e promessas grandiosas que foram trombeteadas na imprensa corporativa nos últimos dias em relação ao empréstimo que foi aprovado para a construção do terminal da Edison Chouest no Porto do Açu”.

Ainda de acordo com Pedlowski, “no frigir dos ovos, somada às duas suspensões, sobra muito pouca coisa operando dentro do porto idealizado pelo ex-bilionário Eike Batista. Como se pode antever que a construção do terminal privado da empresa estadunidense não vai ser tão rápida quanto tem sido anunciada, o ano de 2016 deverá ser marcado por muita contenção, e por que não aflição, na Prumo Logística”. 
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