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Sergio Cabral é sitado pelo Diretor da Odebrecht

terça-feira, 23 de junho de 2015

/ PPM

Um e-mail interceptado pela Polícia Federal (PF) indica a participação do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) para incluir a Odebrecht em consórcio de empresas que levou um contrato bilionário nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A informação foi publicada na edição de ontem pelo jornal Folha de S. Paulo. Segundo a publicação, a citação a Cabral foi feita pelo diretor da Odebrecht Rogério Araújo, preso na última sexta-feira na 14ª fase da Operação Lava Jato.

No e-mail, do dia 4 de outubro de 2007, Rogério informa a outros quatro executivos da companhia a inclusão da Odebrecht junto à Mitsui e à UTC na obra do ciclo de água e utilidades, o maior contrato do Comperj. "Petrobras/PR vai conversar com o Governador sobre este novo arranjo com a participação da CNO (é importante Sergio Cabral ratificar! e também definir o seu interlocutor neste assunto que atualmente junto a Petrobras e Mitigue é o Eduardo Eugênio", escreveu Araújo aos outros executivos.

CNO é a Construtora Norberto Odebrecht. Petrobras/PR seria o então diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa, preso em 2014 e um dos delatores do esquema de cartel e propina na estatal. Já Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira é o presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

O e-mail de Araújo integra um com junto de mensagens anexadas á fase Erga Omnes da Lava Jato, que levou à prisão executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez. Junto com a Toyo e UTC, a Odebrecht integrou o consórcio TUC, que foi escolhido pela Petrobras para a construção do ciclo de água e utilidades, cujo valor é de R$ 11,59 bilhões.


Iniciada em 2012, a obra do Comperj, cujos custos chegam a 47 bilhões de dólares, está parcialmente paralisada e há indícios de propina. O ex-governador Sérgio Cabral nega que tenha "ratificado" a entrada da Odebrecht em consórcio para obra do Comperj. O presidente da Firjan, Eduardo Eugênio disse que "jamais tratou do assunto com Cabral" e que a menção de seu nome é "ultrajante".
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