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Estado tem dívida de R$ 700 milhões com empresas terceirizadas

quinta-feira, 5 de março de 2015

/ Redação

Em meio à previsão de queda no repasse dos royalties do petróleo e na arrecadação com o ICMS, além de uma série de medidas anunciadas desde sua posse para reduzir gastos, o governador Luiz Fernando Pezão disse, no início desta semana, que a dívida do estado com fornecedores e empresas terceirizadas chega a R$ 700 milhões.
— O estado passa por dificuldades. Nós devemos. Não nego. Acredito que essa situação do orçamento só será resolvida entre abril e maio, quando começaremos a respirar — disse Pezão, após participar do lançamento de um gabinete itinerante em Belford Roxo, onde ouviu, de manhã e à tarde, demandas e reclamações de moradores.
A Secretaria estadual de Fazenda admitiu que os contratos mais afetados pela falta de pagamento são os de empresas fornecedoras de bens e serviços, como limpeza, telefonia e informática.
INADIMPLÊNCIA ADIOU AULAS
A inadimplência do estado nos contratos com empresas de manutenção e limpeza terceirizadas já provocou uma greve de funcionários da Uerj e do Hospital Pedro Ernesto.
Pezão voltou a citar as empresas que estão inscritas na dívida ativa estadual, que soma R$ 66 bilhões. O governo montou uma comissão especial — formada por integrantes da Casa Civil e das secretarias de Fazenda e Planejamento — para renegociar os valores e espera recuperar, ainda este ano, cerca de R$ 8 bilhões para os cofres do estado. Entre os maiores devedores, segundo o estado, estão empresas do setor de petróleo, óleo e gás, cujas dívidas atingiriam pelo menos R$ 2 bilhões.
— Não é só o Rio que deve. Temos a receber alguns bilhões de cerca de 40 empresas. Estou chamando cada uma para conversar para ver como podem pagar isso — disse o governador.
Pezão também voltou a defender o uso de recursos do Fundo de Depósito Judicial — empregado no pagamento de ações judiciais — para impedir o colapso das finanças do estado. O governador apresentou um projeto aos desembargadores do Órgão Especial para usar pelo menos R$ 11,7 bilhões dos R$ 16,84 bilhões. Contudo, ele disse, nesta terça-feira, que o valor era menor do que estava sendo divulgado.
— Estamos pedindo R$ 7 bilhões em depósitos judiciais. Não é tanto quanto as pessoas estão falando, já que ainda vão sobrar R$ 9 bilhões nos cofres do Tribunal de Justiça — disse o governador.
Desde sua posse, Pezão anunciou um esforço fiscal de pelo menos R$ 4,5 bilhões. O contingenciamento vem se somar a uma série de ações do governo.
GRATIFICAÇÕES REDUZIDAS
No início de janeiro, decretos estipularam uma redução de R$ 1,5 bilhão por ano nos gastos de custeio e pessoal, nas secretarias e em outros órgãos da administração direta do estado. Entre eles, o corte de 25% a 35% em contratos de telefonia, transporte, alimentação e serviços terceirizados. As despesas com gratificações especiais de servidores também foram enxugadas, o que resultará, de acordo com o governo estadual, numa economia de R$ 191 milhões por ano.
As informações são do Jornal O Globo.
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