Responsive Ad Slot

Política

política

Delator diz que arrecadou R$ 30 milhões para ‘caixa dois’ de campanha de Cabral e Pezão em 2010

terça-feira, 10 de março de 2015

/ Redação

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou em depoimento de sua delação premiada que arrecadou R$ 30 milhões em recursos para “caixa dois” da campanha de Sérgio Cabral para governador e Luiz Fernando Pezão para vice, ambos do PMDB. Pezão é o atual governador, sucedendo Cabral.
Segundo o delator, os recursos vieram de empresas que atuavam na obra do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Ainda de acordo com Costa, o consórcio Compar, formado pelas empreiteiras OAS, Odebrecht e UTC, contribuiu com R$ 15 milhões. O restante foi pago por outras empresas, como Skanska, Alusa e UTC, disse o delator. O ex-diretor afirma que os pagamentos eram “propina”. “Cada empresa deu ‘contribuição’, no total de R$ 30 milhões. O Consórcio Compar ‘pagou’ R$ 15 milhões; o restante foi dividido entre as outras empresas, entre elas Skanska, Alusa e UTC”, diz resumo do termo de declaração 4 de Costa.

Para Cabral, denúncia é “mentira”. Para Pezão, “absurda”  
Em nota, o ex-governador Sérgio Cabral declarou que a denúncia é “mentirosa”. “É mentirosa a afirmação do delator Paulo Roberto Costa. Essa reunião jamais aconteceu. Nunca solicitei ao delator apoio financeiro à minha reeleição ao governo do Estado do Rio. Todas as eleições que disputei tiveram suas prestações aprovadas pelas autoridades competentes. Reafirmo o meu repúdio e a minha indignação a essas mentiras”, afirmou Cabral.
Pezão classificou a denúncia como “absurda” e disse que as afirmações precisam ser comprovadas. “Continuo a reafirmar que nunca tive essa conversa sobre a qual ele fala. Isso nunca existiu. Sinceramente acho um absurdo. As pessoas com delação premiada têm de ter mecanismos que comprovem as acusações que fazem. Não podem jogar um negócio assim no ar”, afirmou, acrescentando que aguardará a continuidade das investigações.
De acordo com o depoimento de Paulo Roberto Costa, o então secretário da Casa Civil de Cabral, Régis Fichtner, foi quem fez a “operacionalização” dos repasses. Costa contou que teve uma reunião no primeiro semestre de 2010 com Cabral, Pezão e Fitchner para tratar das contribuições à campanha. Posteriormente, o ex-diretor pediu às empreiteiras que fizessem doações para o “caixa dois” de Cabral.
Este depoimento do ex-diretor foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), foro dos governadores de estado. O Ministério Público Federal pedirá abertura de inquérito contra Pezão no STJ.

FONTE: BLOG DO BASTOS
Mais
© Jornal Olhar
Todos os direitos reservados.