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"Existe uma crise da água instalada"

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

/ Redação


O procurador da República Eduardo Oliveira, do Ministério Público Federal (MPF) em Campos, disse nesta quarta-feira, no programa "Debate Diário", na TV Diário, que já existe uma crise da água instalada. "São Paulo (o governo) fala em racionamento, palavra tabu até ano passado, e isso preocupa. Até que ponto, para solucionar o problema de São Paulo, não vai agravar o problema do Rio de Janeiro?", questinou o procurador, destacando que a falta de chuva é também preocupante. "Estamos no fim de janeiro e diante de uma estiagem histórica". 

Ele disse ainda que quer saber da Ampla se a estiagem seria a causa dos piques de energia registrados no final do ano passado na região, principalmente na praia do Açu, em São João da Barra (SJB). "Não estou bem seguro se a estiagem não influenciou", afirmou.

Transposição - Sobre a decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou pedido do MPF que visava a impedir que o estado de São Paulo iniciasse as obras de transposição do Rio Paraíba do Sul, Eduardo disse que a decisão não foi a mais adequada. "Na condição de procurador devo respeito ao ministro, mas a medida adotada, que foi realizar uma audiência em Brasília para conciliação entre os estados de São Paulo, Rio e Minas Gerais, visando à transposição, foi unilateral e nada democrática. O ministro encerrou a discussão. Minha expectativa é a de que ele (ministro) volte atrás para que não fujamos ao debate", ressaltou Eduardo, destacando que não há um estudo contundente de que a transposição não vai afetar o Norte Fluminense. 

Sacrifício - Segundo o procurador, quando se fala em racionamento e escassez, se faz necessário que todos que utilizam a água deem sua cota de sacrifício. "Na prática, quem é chamado para a cota de sacrifício é o consumidor doméstico. Nenhum outro setor, como o agronegócio, que é responsável por 70% do consumo de água, é chamado. Não estou discutindo a importância do agronegócio para o país, mas nos momentos de crise eles deveriam entrar na discussão. Menos de 10% da água doce é usada para consumo humano. Ela vai toda para o setor industrial, energético e para o agronegócio".


FONTE: JORNAL O DIÁRIO
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