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Chuva de dois dias não resolve drama do Noroeste

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

/ Redação



Há meses sofrendo com um atípico e extenso período de estiagem, municípios do Noroeste Fluminense receberam um volume de chuva para muitos inesperado no último domingo e segunda-feira. Em cidades como Bom Jesus do Itabapoana e Itaperuna choveu em média 30mm nos dois dias, o suficiente apenas para que diversas ruas ficassem alagadas por algumas horas, já que o nível dos rios Pomba, Muriaé, Carangola e Itabapoana, que cortam a região, continuam críticos como antes.

De acordo com o coordenador Regional da Defesa Civil no Noroeste, coronel Marcos Pires, "seria necessário chover forte por pelo menos um semana, ininterruptamente, para minimizar a seca e aumentar o volume dos rios da região". Ele explicou ainda que os alagamentos ocorreram justamente em "áreas depressivas", que são as mais baixas, que não estão preparadas para receber volumes de chuva consideráveis.

Pastagens serão beneficiadas

Segundo Marcos Pires, "apesar da chuva forte, não houve grandes transtornos à população. Os alagamentos se desfazem naturalmente umas três horas após a chuva. O que fica é a lama. Mas as cidades já iniciaram o processo de lavagem e tudo voltará ao normal", disse o coronel.

Ele ainda destacou que o processo de estiagem é muito mais prejudicial e lembrou que a agricultura e a pecuária vêm sofrendo drasticamente com a estigem. A chuva destes dois dias colaborou com a irrigação das áreas de pasto dos animais.

Quanto à expectativa de chuva para os próximos dias, o coordenador disse que ainda não há previsão. Mas lembrou que o período de chuvas em 2013 se estendeu de 28 de novembro a 26 de dezembro, quando o nível dos rios chegou a 90% da capacidade. "Se o volume for igual ou maior que o do ano passado, os rios suportarão bem, já que o nível neste ano está muito abaixo do registrado em 2013", explicou.

Alerta - O coronel Pires ressaltou que durante a estiagem deste ano, fontes e córregos que nunca haviam secado ficaram completamente vazios. "Isso significa que se em 2015 tivermos outra estiagem dura como esta, a região Noroeste corre o sério risco de sofrer restrições severas, a começar pelo racionamento de água", alertou.

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